A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), por meio da Gerência de Sanidade Animal, implementa a partir de janeiro e até o mês de abril uma nova etapa do Plano de Vigilância Sanitária para Influenza Aviária (IA) e doença de Newcastle (DNC). A proposta realizará estudo soroepidemiológico em aves domésticas de subsistência.
A meta é averiguar a ausência dessas doenças nos plantéis e implementar medidas preventivas com enfoque na educação sanitária de produtores para notificação de doenças avícolas.
Na primeira etapa de trabalho, realizada nos últimos meses de 2022, os médicos veterinários da Agrodefesa fizeram o inquérito soroepidemiológico no âmbito da avicultura industrial nos segmentos de reprodução, corte e postura, com coleta de mais de 4,3 mil amostras biológicas de aves. O relatório está em fase final de elaboração.
Aves Migratórias
Nesta segunda etapa, as investigações serão sobre aves domésticas, principalmente em regiões localizadas em rotas de aves migratórias, que podem ser transmissoras da Influência Aviária e da Newcastle.
Essas aves podem apresentar infecção sem adoecer ou, muitas vezes, se recuperam e continuam como reservatórios dos vírus. Carregam-os por longas distâncias no trajeto das rotas de migração.
As principais espécies de aves silvestres com potencial para transmitir os vírus são as aquáticas migratórias. Por isso é fundamental que mortalidade anormal de aves domésticas seja notificada às autoridades veterinárias, para adoção das medidas sanitárias necessárias.
Importância
O presidente da Agrodefesa, José Essado, enfatiza que o levantamento é de suma importância para demonstrar que Goiás mantém controle sanitário do seu plantel avícola em relação à IA e DNC, para atendimento dos compromissos comerciais pactuados pelo Estado.
Ele também argumenta que nesta nova etapa de trabalho é fundamental ter a colaboração dos criadores, especialmente de pequenas propriedades, para que o trabalho seja o mais completo possível e mostre a realidade sanitária da avicultura goiana.
A Agrodefesa segue o cronograma de trabalho estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que se divide em cinco etapas, denominadas de Componentes.
Na primeira fase, realizaram-se coletas em aves do Componente 3 (avicultura industrial). Agora, começarão os trabalhos no Componente 4 (aves domésticas de subsistência). Além de Goiás, os levantamentos realizam-se em outros dez Estados brasileiros localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Capacitação
O objetivo foi orientar e capacitar os técnicos sobre a coleta das amostras, condicionamento e encaminhamento ao Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário da Agência, que se responsabiliza pelo preparo e encaminhamento ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Mapa. O laboratório localiza-se em Campinas (SP). As amostras passarão por análises e avaliações sobre presença ou não dessas doenças.
Nesta etapa do trabalho, serão coletadas cerca de 2 mil amostras de material biológico em 31 municípios goianos. A ação abrange 56 criatórios com menos de mil aves. As coletas serão realizadas em galinhas, galinhas d’angola, perus, patos, gansos e marrecos. A previsão é que esta etapa seja concluída até o mês de abril, considerando o período de término de migração das aves.
No treinamento de quarta (25/01) , ministrado pela coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Gerência de Sanidade Animal, Silvânia Andrade Reis, os profissionais veterinários receberam orientações sobre as fases do Componente 4, aplicativo a ser utilizado, listagem de material e equipamentos necessários, procedimentos nas coletas de materiais e abordagem em educação sanitária. Além do reforço à importância da notificação de enfermidades das aves por meio do Sistema Brasileiro de Vigilância e emergências Veterinárias (e-Sisbravet).
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