O Hospital Estadual de Formosa Dr. César Saad Fayad (HEF), unidade do Governo de Goiás, realizou sua segunda captação de órgãos nesta sexta-feira (28/04). A ação teve o apoio do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (Saeg) e Força Aérea Brasileira (FAB). Fígado, rins e as córneas captados foram doados por uma paciente de 45 anos. Ela teve morte encefálica após um acidente vascular cerebral (AVC).
A gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Freitas, reforça a importância das equipes hospitalares estarem envolvidas e preparadas para esse processo.
“Essa doação garante que pessoas na fila de espera possam ser atendidas com a realização do transplante. Estamos capacitando profissionais nos hospitais para que estejam aptos para a abordagem nestes momentos”, garante.
Pacientes de Goiás vão receber os rins e córneas e o fígado para paciente do Rio de Janeiro.
Assistência e acolhimento
A equipe médica do HEF prestou toda assistência, realizando exames clínicos por médicos capacitados e o eletroencefalograma, chegando ao diagnóstico de morte encefálica. “A equipe da UTI do Hospital Estadual de Formosa segue as principais recomendações técnicas e de acolhimento familiar publicadas no Brasil e no mundo. Isso proporcionou a segunda captação na unidade”, afirma o diretor técnico do HEF, Dr. Alexandre Amaral.
O processo de captação de órgão se inicia na identificação e manutenção do potencial doador após o diagnóstico de morte encefálica e entrevista familiar. Entretanto, o acolhimento da família é fundamental para uma afirmação positiva de doação. “Acolher uma família no momento da dor da perda e resultar no aceite é um processo delicado e exige muita ação da nossa equipe, que está preparada e capacitada para esse momento” afirma o coordenador médico da UTI, Dr. Oliver Vilanova.
A coordenadora de enfermagem da UTI, Bruna Queiroz, responsável pelo processo de doação, ressalta a importância de comunicar a família sobre o desejo da doação de órgãos. “Hoje mais de 53 mil pessoas aguardam na fila de transplantes, e uma conversa pode mudar a vida de alguém que espera. Comunique seu desejo e decisão de ser doador, pois doação só acontece após a autorização familiar”, pontua a coordenadora.
Para a diretora administrativa da unidade, Ana Brito, esse é mais um marco para Formosa e região. Toda operação envolveu duas equipes externas com oito pessoas. “Nosso hospital é 100% SUS e a importância é macro. Ressalto a sensibilidade da família em autorizar a doação, o acolhimento é fundamental para uma afirmação positiva de doação”, reitera a gestora.
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