A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) desenvolveu um sistema operacional inovador que permite o registro e o monitoramento dos casos da doença de Chagas em todo o estado.
O Sistema de Informação para Controle Vetorial da Doença de Chagas atua em perspectiva geoespacial, método que possibilita a adoção de inúmeras ferramentas de análise de dados. Com isso, os gestores passam a ter a dimensão real das notificações da doença em Goiás.
O sistema, idealizado e estruturado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), está sendo efetivado, em caráter experimental, nos municípios de Edéia, Aloândia, Simolândia, Alvorada do Norte, Iaciara e Buritinópolis.
A gerente de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da Suvisa, Edna Covem, informa que esses municípios foram selecionados por terem histórico de execução efetiva de atividades de campo.
Ela explica que o sistema, por meio do georreferenciamento, possibilita a identificação do índice de infestação vetorial, do perfil sanitário domiciliar e demais informações cadastrais nos domicílios das zonas urbana e rural.
E, ainda, contribui para a melhoria das informações e, consequentemente, do planejamento e desempenho das atividades de controle vetorial.
Doença de Chagas
Embora seja milenar, a doença de Chagas é uma das doenças negligenciadas com maior carga de morbimortalidade no Brasil, ou seja, apresenta alto índice de pessoas mortas em decorrência de uma doença específica dentro de determinado grupo populacional.
As estimativas são que a doença atinja de 6 a 7 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a estimativa vai de 1,9 milhão a 4,6 milhões.
Em Goiás, estima-se entre 200 mil e 300 mil pessoas com doença. Calcula-se ainda que 65 milhões de pessoas estejam em risco de contrair a doença no mundo, e 14 mil mortes ocorram por ano pela doença.
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