A Polícia Civil de Goiás, através do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, com o apoio da Delegacia Especializada em Estelionatos e Outras Fraudes da Polícia Civil do Mato Grosso, deflagrou a Operação Fake Farmer.
Objetivo é cumprir 61 mandados de busca e apreensão e 57 mandados de prisão em diversos municípios do Mato Grosso (MT), além de sequestrar R$ 1,5 milhão e bloquear mais de 830 contas bancárias. As medidas judiciais foram cumpridas na terça-feira (24/10).
Operação
O alvo da operação é uma associação criminosa especializada em crimes de fraude eletrônica e lavagem de capitais, especialmente na modalidade do Falso Intermediário. Ao todo, 41 pessoas foram presas e foram cumpridos 61 mandados de busca e apreensão. Dentre as apreensões, estão três armas de fogo, R$ 106 mil em espécie e vários celulares que serão analisados em investigação de lavagem de capital.
As investigações tiveram início com a notícia de um golpe envolvendo a intermediação na compra e venda de grande quantidade de gado, onde o criminoso, após manter contato com vasta lista de corretores de gado, se apresentou ao real proprietário dos animais como devedor do comprador e, a este, disse que adquiriu o rebanho através de uma negociação imobiliária.
Segundo o delegado Leonardo Dias, do Gref, o grupo enganava tanto o comprador como o vendedor. Assim, durante a negociação, induziu o efetivo comprador a efetuar seis transferências PIX (valor de R$ 1,5 milhão) para criminosos domiciliados no Mato Grosso que, por sua vez, pulverizaram esse valor entre outras 52 contas.
Essa ação, que contou com o apoio logístico e de planejamento da Secretaria Nacional de Segurança Publica (MJ/Senasp) demonstra a parceria e integração entre as polícias civis, fomentada através do Projeto Mosaico, no combate aos mais diversos crimes, entre eles as fraudes eletrônicas e lavagem de capitais.
Alerta
O delegado Leonardo Dias faz o alerta para que as pessoas não se tornem vítimas desse tipo de golpe.
“A pessoa deve desconfiar quando houver uma grande desproporção no valor de mercado do bem e no valor que ele está sendo ofertado. Além disso, evitar negociações com supostos corretores. O ideal é que a negociação seja efetuada diretamente entre o comprador e o vendedor e que os pagamentos ou transferências sejam feitas também na conta do vendedor. Caso seja vítima é importante que procure imediatamente a Polícia Civil para registro do fato e as devidas providências”, afirma.
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