Durante a Quaresma, especialmente nos dias que compreendem a Semana Santa, aumenta o consumo de pescados em substituição à carne vermelha. Com maior demanda nesta época, é importante ficar atento às condições dos peixes vendidos nos estabelecimentos comerciais.
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do governo estadual, é uma das instituições que atuam em diferentes áreas para assegurar a qualidade do produto que vai para a mesa do consumidor.
Pescados
Além de verificar as informações da embalagem e do rótulo, e se o produto possui o Selo de Inspeção do Estado de Goiás, o consumidor pode avaliar, na hora da compra, algumas características apresentadas pelo pescado.
“O peixe deve estar com olho brilhante, com aspecto firme, guelras bem vermelhas, cheiro fresco e brilho nas escamas. É preciso ter atenção ainda às informações contidas na embalagem, como a presença do Selo de Inspeção Estadual, e a determinação da temperatura a qual o produto deve ser conservado. Caso esteja especificado que o produto é congelado, não pode ser mantido apenas resfriado”, informa gerente de Inspeção da Agrodefesa Paulo Viana.
Ele ressalta também que o consumidor precisa avaliar o local de armazenamento. No caso dos peixes, é necessário verificar se a gôndola está com gelo suficiente, se há um termômetro para o monitoramento da temperatura, se a superfície está limpa e livre de contaminação.
“Sem seguir essas características, a probabilidade de decomposição do peixe é maior, colocando em risco à saúde de quem irá consumir”, reforça.
Inspeção
O trabalho desenvolvido pela Agrodefesa vai desde o início da produção, por meio do cadastramento de propriedade rural de animais aquáticos, até a inspeção na indústria de processamento.
“O foco é garantir um alimento mais seguro para o consumo. Por isso, nossos profissionais atuam para verificar se todas as normas, as leis e os procedimentos estão sendo cumpridos para ter um produto de qualidade disponível à população. O objetivo também é orientar e promover a educação sanitária, levando informações necessárias para quem atua no segmento”, ressalta o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Para assegurar a oferta de pescado inspecionado e seguro para consumo, a primeira ação a ser adotada é o cadastro de propriedade e estabelecimento rural com animais aquáticos junto à Agência, por meio do Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago).
“Se tudo estiver certo em relação ao cadastramento, o pescado pode ser liberado para processamento em estabelecimentos industriais, além de entrepostos de produtos e subprodutos no varejo”.
Na parte de processamento, Paulo destaca que as indústrias devem seguir a Instrução Normativa nº 007/2019, que dispõe sobre procedimentos de registro, renovação, alteração, cancelamento e auditoria de rotulagens de produtos de origem animal registrados no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), para atuarem de acordo com o exigido pelo estado, obtendo assim o Selo de Inspeção do Estado de Goiás. O selo caracteriza que o produto passou por medidas sanitárias adequadas de produção e industrialização.
O gerente acrescenta que é fundamental seguir normas para a obtenção do selo. “A indústria que processa o pescado tem toda a obrigação de garantir a rastreabilidade, verificar a presença de algum resíduo de produto que possa fazer mal para o ser humano, apresentar toda documentação, ter um engenheiro operacional da indústria para a realização do cuidado com a embalagem e não contaminação do produto, destaca.
Assim como os estabelecimentos industriais de pescados, os entrepostos de produtos e subprodutos devem se atentar para procedimentos adequados à venda no varejo.
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