A partir deste ano, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO) promove a oferta de disciplinas eletivas nas grades curriculares das escolas regulares da rede pública, do Ensino Fundamental II. Alunos do 6° ao 9° ano podem escolher entre 10 opções de disciplinas adicionais.
Entre elas, a Educação Financeira tem se destacado e, até o fim de 2024, todos as escolas estaduais já terão este módulo como opção de eletiva.
Com enfoque em apresentar noções básicas de cidadania e consumo sustentável aos estudantes, a eletiva mescla conhecimentos de Matemática, Administração e, até mesmo, de História e Ciências Sociais. Para implantar a nova disciplina, por orientação do Ministério da Educação (MEC), a secretaria recebe suporte pedagógico e financeiro do Banco Central, por meio do programa Aprender Valor.
A iniciativa coloca à disposição dos professores mais de 65 projetos para desenvolverem com os alunos.Com acompanhamento constante das coordenações regionais de Educação (CREs), as escolas da rede têm a oportunidade de aplicar trabalhos práticos visando à maior fixação do que for aprendido no decorrer da eletiva.
Segundo a coordenadora estadual do Aprender Valor, Marlene Faria, o apoio do projeto está disponível a todas as escolas da rede estadual. Ela explica que a inserção da Educação Financeira na grade dos alunos aproxima a aprendizagem escolar da vida prática.
“Esse módulo coloca para as escolas o desafio de implementar projetos escolares transversais, mobilizando profissionais que atuam em diversas áreas do conhecimento e inserindo nas rotinas escolares a gestão de projetos dessa natureza. Atividades como levar as crianças ao mercado para fazer compras com uma quantia específica, desenvolver uma campanha em casa para diminuir a conta de luz, são exemplos de práticas a serem estabelecidas nessa eletiva”, explica.
Educação Financeira na prática
Alunos das turmas de 7° ano da Escola Estadual João Fagundes Furtado, de Porangatu, no interior do estado, vêm colocando em prática os conhecimentos adquiridos por meio de diversas atividades: confecção de cofres de porquinho com material reciclável, elaboração de cartazes de conscientização de gastos, uso de panfletos de mercado para realizar situações problemas e produção de panfletos com o material pesquisado durante as aulas.
A professora Dilza Vilas Boas, que ministra a disciplina para o turno vespertino, conta que, até agora, foram trabalhados os conceitos de Educação Financeira, orçamento doméstico e público, situações problemas com adição e subtração, origens do dinheiro etc.
“Os alunos têm demonstrado interesse, pois é algo do cotidiano e estão aprendendo a importância de saber poupar para realizar sonhos.”
A adolescente de 12 anos faz o 7° ano na Escola Estadual João Fagundes Furtado, de Porangatu, onde a eletiva já é ofertada. Ela, que integra a turma da professora Dilza, tem tido experiências bastantes proveitosas e já tem planos para o futuro. “Aprendi que não é só ganhar e gastar, tem todo um esquema de poupar e investir também”, conclui.
“Estudar Educação Financeira foi como abrir uma porta pra um mundo novo. A gente está aprendendo a lidar com dinheiro de um jeito que ninguém nunca ensinou na escola antes”, afirma a estudante Mikaelly Vitória Siqueira.
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