A exposição Distorção, do artista plástico goiano Gabriel Augusto, está em cartaz na Vila Cultural Cora Coralina até 30 de junho. As obras impactantes abordam a sombra na psique humana e exploram temas como saúde mental, enfrentamento de dores e questões globais.
“Gabriel Augusto cria imagens orgânicas e etéreas que, num primeiro momento, podem parecer mórbidas, mas podem ser vistas de forma muito profunda e poética ao serem analisadas sob outros vieses, como a antropologia e a psicologia”, define o curador da exposição, o arquiteto Ricardo Braudes.
Reconhecimento internacional
Dono de um estilo marcante, Gabriel Augusto já ganhou reconhecimento internacional e suas obras estão em coleções particulares de 15 países.
De acordo com o curador, a obra de Gabriel Augusto é importante para a sociedade por estar vinculada a questões de enfrentamento de dores recentemente provocadas por catástrofes que afetaram o mundo, como guerras, destruição e desastres naturais, doenças do sono, estresse e consumo em excesso, fobias sociais e pânico ocorridos durante o isolamento na pandemia e luto pelas mortes causadas pela Covid-19.
“Com muita coragem e com certa serenidade, Gabriel Augusto caminha por essas regiões, dialoga com essas energias que ali habitam e as apresenta à sociedade por meio de imagens simbólicas e arquetípicas que foram construídas ao longo do tempo pelas mais diversas culturas, sem tentar ser violento ou agressivo”, avalia Ricardo Braudes.
Sobre o artista
Gabriel Augusto nasceu em Goiânia e estudou Design Gráfico e Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás (UFG). Sempre se interessou pelas artes plásticas, como uma necessidade pulsante de se expressar. Com um ritmo intenso de produção, recentemente chamou a atenção dos coletivos Déstructuralisme Figuratif (França) e Dark Art Society (EUA), dos quais tornou-se membro, abrindo caminho para participar de mostras coletivas nesses países.
Durante a pandemia do Covid-19, devido à necessidade de isolamento social, o artista dedicou-se exclusivamente às artes plásticas.
Logo no início da carreira, as dificuldades da vida pessoal, a morte de pessoas próximas e episódios de depressão acabaram se tornando força motriz para a poética de seu trabalho, que tem como base questões existenciais e patologias da mente humana, expressadas por meio da pintura e da escultura.
Em 2024, a convite de Ricardo Braudes, dividiu com outros artistas goianos um espaço na Feira de Arte de Goiás (Fargo), onde teve seu trabalho exposto ao público regional pela primeira vez, com reação muito positiva e impactante dos visitantes, levando-o a receber o prêmio de Artista Destaque do evento.
Serviço
Assunto: Mostra Distorção do artista plástico goiano Gabriel Augusto
Data: até domingo, 30 de junho
Local: Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), localizada na Rua 3, no Centro, atrás do Teatro Goiânia
Horário: das 9h às 17h, de segunda a domingo
Entrada gratuita
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