O tempo seco contribui para um maior ressecamento da pele, o que pode acabar causando irritações e dermatites. A dermatologista do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás, Nayana Aveiro, explica que, em casos mais graves, esse ressecamento pode levar a infecções bacterianas secundárias, como o impetigo.
Nesse período de baixa umidade do ar, a dermatologista destaca que é importante manter a pele bem hidratada. Para isso, ela recomenda principalmente o uso diário de hidratantes espessos e sem perfume.
“Hidratantes com perfume frequentemente contêm muitos aditivos e álcool, tornando-os mais semelhantes a perfumes do que a verdadeiros hidratantes”, explica.
Ela salienta que, embora os hidratantes com ureia sejam eficazes e acessíveis, eles podem causar ardência em pessoas com dermatite ou pele sensível. Para otimizar a absorção, o ideal é aplicá-lo enquanto a pele ainda está úmida, após o banho.
Alertas
A dermatologista também alerta para práticas que podem agravar o ressecamento da pele, como tomar banhos muito quentes. O melhor é optar por banhos mornos e rápidos. Ficar muito tempo debaixo d’água não hidrata a pele, pelo contrário, remove a proteção natural, como a camada de gordura que ajuda a prevenir o ressecamento.
A médica recomenda também evitar o uso de buchas, em especial as vegetais, que agridem mais a pele.
Para quem tem pele oleosa, a recomendação é a hidratação com produtos específicos, principalmente aqueles em gel. Além disso, usar umidificador de ar em casa.
“Essas práticas não só beneficiam a pele, mas também a respiração”, enfatiza a médica do HDT.
Ela observa que se mesmo seguindo essas orientações a pele continuar extremamente ressecada, causar desconforto ou surgirem coceiras persistentes, é aconselhável consultar um dermatologista. “O profissional pode fornecer recomendações mais precisas e tratamentos para cada caso”, destaca.
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