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A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Goiás realizaram uma operação que resultou na apreensão de quase seis mil unidades de embalagens vazias de agrotóxicos.
Destas, 37 eram embalagens contendo resíduos de defensivos agrícolas e aproximadamente sete toneladas de embalagens já trituradas em um estabelecimento localizado no distrito de Planalmira, no município de Abadiânia.
Durante a ação, fiscais estaduais agropecuários e policiais do Batalhão verificaram que o estabelecimento realizava o recolhimento e processamento do material sem o devido registro como Unidade de Recebimento de Embalagens Vazias (UREV) ou credenciamento junto ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV).
Além da operação irregular, foi constatado que as embalagens eram armazenadas ainda com produto químico, o que representa um risco ambiental significativo.
Todo o material foi apreendido e deverá ser encaminhado a uma UREV cadastrada e autorizada pela Agrodefesa. Além da apreensão, os responsáveis foram autuados – multa pode chegar a R$ 50 mil -, uma vez que a infração é considerada gravíssima. Os responsáveis foram conduzidos à delegacia para responsabilização criminal.
“A operação de hoje é mais um exemplo do trabalho da Agrodefesa em fiscalizar e assegurar a devolução e destinação adequada das embalagens vazias de agrotóxicos, que quando descartadas de forma irregular, podem representar uma ameaça aos nossos recursos naturais e também qualidade de vida da população. A fiscalização visa não apenas punir, mas também conscientizar a todos sobre a importância do cumprimento da legislação”, reforça o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
“A fiscalização tem caráter preventivo, e é importante que as empresas e os estabelecimentos do setor agrícola estejam cientes das suas responsabilidades. Os fiscais estão atentos para garantir que todos cumpram as regulamentações e que o meio ambiente e a saúde pública não sejam prejudicados por práticas irregulares”, explica o coordenador da Unidade Regional Rio das Antas da Agrodefesa, Marcelo Sales Guimarães.
Devem ainda estar no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento, podendo ainda a devolução ser intermediada por postos ou centrais de recebimento.
Processo
Os produtores que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias. Além disso, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, devem estar de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas.
Podem ainda ser devolvidas por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.
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